No passado domingo, deslocamo-nos ao Campo do Inatel para defrontar a equipa do Ramaldense. Vencemos por três bolas a duas, mas como o resultado indica, não foi nada facil.
O Campo do Inatel é um dos melhores desta divisão, excelente terreno de jogo, grande, com boas condições para que os jogadores se equiparem, com duas bancadas fantásticas. Se fosse relvado (sintáctico) seria um estádio muito bonito.
Quanto ao jogo em si, entramos concentrados, cientes das dificuldades, desde cedo assumimos o jogo e cedo marcamos. Leitão, com uma "bomba" à entrada da área marcou um golo de belo efeito e colocou-nos a vencer. Continuamos a pressionar e o Ramaldense pouco ou nada conseguia fazer para inverter a tendência do jogo que se desenrolava, na sua maior parte, no meio campo defensivo da equipa da casa. Chegamos ao segundo golo, novamente por Leitão, mas com o mérito da jogada a ir inteiramente para Fábio Augusto.
A partir daqui a equipa relaxou, talvez até de mais e permitimos que a equipa da casa crescesse, no entanto sem nunca conseguir importunar Barbosa.
O jogo começou a tornar-se mais duro, mais viril, situação permitida pela equipa de arbitragem que deixou lances viris, a roçarem a agressão, passarem incólumes.
O Ramaldense chegaria ao golo ainda durante a primeira parte, num lance inofensivo, mal resolvido pela minha equipa, o jogador do Ramaldense tirou um cruzamento, a bola embateu no pé de Jorginho e dirigia-se para a baliza, Barbosa não conseguiu desviar e, ao segundo poste, um dos avançados do Ramaldense marcou. Uma falha, um golo para o adversário.
Fomos para o intervalo a vencer, cientes que tínhamos feito mais do que o adversário, cientes de que éramos melhores que o adversário, mas também cientes que na segunda parte o jogo não seria nada fácil.
Entramos mal na segunda parte, algo desencontrados, algo desconcentrados, mais lentos do que tínhamos entrado na primeira parte, mas notava-se que era o seguimento do final da primeira parte. O Ramaldense reduziu, num lance esquisito. Um remate frouxo, mas que, devido à desatenção de Barbosa, os homens da casa empataram a contenda.
Com Leitão tocado devido a uma entrada na primeira parte, com Jorginho e Oliveira a sentir dores nas virilhas, tivemos de organizar a equipa, a entrada de Imperador dava mais força à frente de ataque, no entanto a minha equipa esteve uns furos abaixo do que é normal. Continuamos a lutar, mas o Ramaldense defendia bem, com agressividade conseguiam afastar a bola da sua área. Foram momentos difíceis, complicados, sendo certo que, apenas por uma vez, num remate de longe, a equipa da casa esteve perto de marcar, mas, também é certo que não nos deixava jogar e impedia-nos de conseguir rematar à sua baliza.
Desatamos o nós quando faltavam cerca de 15 minutos para o final do jogo, numa altura em que a nossa força física se superiorizava à agressividade extemporânea do Ramaldense. Carlão fez um passe magistral a isolar Luís Filipe que, aproveitando a saída do guarda-redes, fez um chapéu perfeito e colocou a nossa equipa a vencer.
Dai até ao final tentamos controlar o jogo e impedimos que o adversário chegasse à nossa área, excepção feita no ultimo lance da partida, quando numa falta, descaída para a esquerda da nossa área, Barbosa, com confiança e mandando no seu espaço bloqueou a bola e assim segurou a vantagem.
Foi um jogo sofrido, nem sempre bem disputado, com duas equipas a procurar a vitória, usando todas as "armas" que tinham à disposição.
Para mim foi a vitória de uma equipa que soube lutar até ao fim, embora tenhamos sido vitimas do nosso próprio veneno. Sabemos que os jogos duram noventa minutos, mas houveram momentos que os níveis de concentração baixaram e assim permitimos que o adversário nos desse muito mais que fazer do que aquilo que a primeira parte demonstrou.
Ambas as equipas estão de parabéns.
Conseguimos o objectivo que era vencer, por isso estamos de parabéns, mas há coisas a rever.
Antes de me despedir quero agradecer a todos os adeptos que estiveram presentes no campo do Inatel. Deram-nos força, animo e, mesmo quando as coisas não estavam bem, apoiaram-nos. Dizer que a nossa força veio de fora, daquele grupo de jovens (alguns de tenra idade) que entoaram, a uma só voz, o nosso lema.
Para vocês aqui fica.
"NÓS SOMOS O TOURO QUE NO PELADO VAI JOGAR, RÁPIDO MAIS RÁPIDO QUE NINGUÉM NOS VAI PARAR, SOMOS A FORÇA E A RAÇA DO QUERER, SOMOS PROGRESSO ATÉ MORRER! E O PROGRESSO É O NOSSO GRANDE AMOR!"
Boas festas para todos.