No domingo deslocamo-nos ao terreno do Desportivo de Portugal em jogo a contar para a 11ª Jornada.
Foi um jogo complicado, com um ambiente complicado, mas que soubemos suportar, aliás, costumo dizer que é nestes ambientes que eu gostava de jogar.
A minha equipa entrou em campo para vencer o jogo, fomos superiores durante toda a partida, criamos inúmeras oportunidades de golo, mas mais uma vez não conseguimos concretizar. O Desportivo marcou primeiro, aos 7', mas sem que nada tivesse feito para o merecer, já nós continuamos com a mesma estratégia e marcamos à passagem dos 20' por intermédio de Leitão. Depois foi a vez de Pinto marcar e colocar a nossa equipa em vantagem no marcador, merecida, diga-se de passagem.
A partir deste nosso golo, pouco ou nada se ouvia das bancadas do Desportivo, todos tinham a noção que o Progresso é superior e que poderia marcar mais golos. Não aconteceu, foi para o intervalo com o marcador a contar um golo para os da casa e dois para os forasteiros. Um resultado que apenas pecava por escasso.
Na segunda parte mais do mesmo, entramos melhor, a criar mais oportunidades, a jogar melhor futebol, mas a pecar no capitulo da concretização. Ramos mais rápidos sobre a bola, mais rápidos na sua condução.
Havia jogadores do Desportivo que apenas queriam dar porrada, literalmente. É numa dessas situações que nasce o golo do empate. Uma entrada, maldosa, para magoar de um jogador do Desportivo sobre Pinto que teve de ser substituído, a bola sobrou para perto de Beça que achando que o adversário não iria pressionar cobriu a bola para ela sair, no entanto um jogador do Desportivo, antecipou-se, ganhou a bola e fez um chapéu a Moura. Estava feito o empate, injusto, mas no futebol quem não marca sofre e foi o que nos aconteceu.
Dai até ao final podiamos ter marcado e vencido um jogo que tudo o fizemos para o merecer, mas não fomos felizes na finalização e nem mesmo a bola que bateu no poste e depois dentro da baliza contou. De referir que a única defesa que Moura fez, valeu-nos 1 ponto, quando já nos minutos finais um jogador isolado acabou por chutar contra o nosso guarda-redes que se saiu encurtando o ângulo. Por sua vez o guardião da casa, Bruno Casinhas, foi o melhor jogador da equipa da casa fazendo mais de oito defesas que podiam ter dado golo e sendo imperial nas alturas impedindo que os lances de perigo pudessem ser completados. Isto demonstra bem o valor de uma e de outra equipa.
Sem querer dar desculpas com a equipa de arbitragem tenho de dizer que as faltas são para se marcar, sejam elas dentro ou fora da área, não é o facto de marcarem um penalty por uma mão clarissima que demonstra o grau da vossa arbitragem, demonstra sim é não marcarem outra mão que toda a gente viu, menos 3 árbitros que lá estavam. Assim como entradas para cartão que o arbitro não sancionou, como aquela que dá o golo do empate ao Desportivo, uma entrada para vermelho, mas já bastava o amarelo, mas se o jogador já estava amarelado desde os 20 minutos e mesmo assim andou o jogo todo a ter entradas passiveis da amostragem do segundo e não o viu, muito menos o veria naquela altura, ou então os amarelos que mostrou à minha equipa por coisas tão banais como os lançamentos laterais. Espero que os árbitros estes e outros, tenham a capacidade de fazer uma auto-analise e não pensarem que estão sempre certos. Acredito que possam errar porque na altura não foi o que viram, mas fazê-lo numa de mostrar que eles é que mandam e que eles é que sabem e que se não quiserem não marcam!!!! Fica mal, fica muito mal.
Uma palavra para todos aqueles que nos foram apoiar. Obrigado, ouvi que nós fomos grandes dentro do campo, mas vocês foram-no fora. Nunca se deixaram levar pelas provocações, souberam estar, apoiaram a nossa equipa. Viram que o adversário tudo fez para não perder, mas nada fez para ganhar, mas mesmo assim das bancadas, dos seus adeptos, veio uma festa que parecia que tinham ganho o campeonato. Pois bem eu digo uma coisa, não ganharam o campeonato, nem tão pouco ganharam o jogo, mas empataram contra a melhor equipa com que eles já jogaram. Num jogo em que podiam ter levado uma goelada histórica, mas não tivemos a pontinha que já nos acompanhou. Falhamos e temos de trabalhar para que não volte a acontecer. Agradeço o vosso apoio, debaixo de uma chuva de assobios, insultos, cuspidelas (a coisa mais porca que pode haver, seja no futebol ou não), demonstrando o grau de inteligência e educação que aquelas gentes têm. Não fomos nós que provocamos, quem lá esteve viu, tenho um jogador expulso porque reagiu às cuspidelas. Mas não há problema, são sempre os outros a armar as confusões, quem as arma nunca admite. Depois vêm pedir desculpa, mas na altura são todos maus.
Ainda, mais uma palavra para quatro homens que foram gigantes, MOURA, OLIVEIRA, BERTO E LEITÃO, tudo deram à equipa do Desportivo de Portugal, na época passada tudo fizeram para que a equipa fizesse o campeonato que fez, mas esta época todos esqueceram isso. Eu tenho a dizer-vos que é um orgulho ter-vos do meu lado.
Para terminar quero dizer que saímos de campo a cantar, tenho a noção que a minha equipa tudo fez para vencer, não o conseguimos porque falhamos, porque tivemos opções e gestos técnicos errados no momento de alvejar a baliza adversária ou de complicar o que era fácil, mas isso até aos profissionais acontece. Tivemos atitude, quisemos vencer e no fim conseguimos sair de campo com a cabeça erguida cantando:
"NÓS SOMOS O TOURO QUE NO PELADO VAI JOGAR, RÁPIDO, MAIS RÁPIDO QUE NINGUÉM NOS VAI PARAR! SOMOS A FORÇA E A RAÇA DO QUERER, SOMOS PROGRESSO ATÉ MORRER!"
